26 fevereiro, 2009

Revolucionários, mas não rentáveisdo

Por Luiza dalmazo

Os blogs surgiram em 1997. Doze anos depois há mais de 133 milhões de blogs no mundo indexados no Technorati, pesquisador especializado nos chamados diários online. Eles já provaram sua importância. Recebem 77,7 milhões de visitantes únicos diariamente só nos Estados Unidos. Presidentes de empresas criaram blogs para falar de suas estratégias e se relacionar com os clientes.
Surgiram companhias para rastrear os principais blogueiros e administrar os anúncios na web direcionados para o canal.

Na semana passada, entretanto, o jornalista Dan Lyons, que ficou famoso pela autoria do blog Fake Steve Jobs, questionou a viabilidade econômica desse modelo.

´´Durante dois anos eu estive obsessivo com a ideia de transformar o blog em um negócio´´, escreveu. Mas no dia em que sua identidade foi desvendada após uma notícia do jornal The New York Times, recebeu 500 mil visitantes no site e ganhou 100 dólares por isso. Naquele mês, ganhou 1 039 dólares após mais de 1 milhão de visitas.

Mesmo depois de acordos para ganhar mais com anúncios, nunca foi o suficiente para que pudesse abandonar seu trabalho ´oficial´.

O relato traz de volta um questionamento importante: apesar da inegável relevância quando se trata de conteúdo, será que eles terão viabilidade econômica? A média anual de receita com anúncios nos EUA é de 200 dólares, segundo o Technorati. Mais: 46% dos blogueiros não têm propagandas em seus sites. Dos que lucram com a prática, só 28% tem um espaço no site para isso — a maioria ganha por cliques recebidos depois de buscas.

No Brasil, pouco mais de 2 milhões de pessoas exercem a prática, de acordo com o indexador de blogs em língua portuguesa Blogblogs. Como somos um mercado menos maduro e só 25% dos lares nacionais têm computador, os blogueiros brasileiros sofrem mais. A matéria de Larissa Santana na revista Exame mostra que alguns conseguem viver disso, mas os retornos vêm principalmente em forma de mimos que as empresas mandam para agradar os chamados ´formadores de opinião´.

Fonte: Portal EXAME

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