17 julho, 2009

Pessoas não são recursos!

Publicado por Guilherme Chapiewski

em 12/07/2009 em seu Blog

Esses dias vi uma mensagem no Twitter que me fez lembrar de algo que eu já queria ter falado aqui há algum tempo:

Referring to people as “resources” leads to thinking that individuals are interchangeable code producing units.

Toda vez que alguém chama uma pessoa de “recurso” dói meu ouvido. Chega até a ser chato, mas quando alguém faz um comentário sobre “recursos” do meu lado dificilmente consigo resistir a corrigir para “pessoas”. Como a Esther Derby disse na sua mensagem, tratar pessoas como “recursos” dá a impressão que as pessoas são “commodities“, que são meros “parafusos”, sem importância individual e substituíveis por qualquer outro.

Como que alguém pode se sentir bem sabendo que é totalmente descartável e que pode ser a qualquer momento trocado por qualquer outra pessoa? Como alguém pode estar comprometido com um projeto sabendo que é totalmente substituível e que não faz diferença se quem estiver ali for ela ou qualquer outra pessoa? Como alguém pode se sentir motivado assim?

E por fim a pergunta que eu queria chegar: Que tipo de código e que tipo de produto as pessoas vão conseguir produzir nessas condições?

Desenvolvedores de software são trabalhadores do conhecimento. Ao contrário de trabalhadores “Fordistas”, que são extremamente especializados numa linha de produção e desempenham atividades repetitivas e “robóticas”, os trabalhadores do conhecimento trabalham intensivamente com o seu cérebro, analisando e interpretando informações, descobrindo novas e melhores soluções para resolver problemas e tomando decisões o tempo todo.

Por esse motivo, é essencial que essas pessoas estejam motivadas, pois isso as deixa num estado mental que estimula sua produtividade, aumentando a quantidade de trabalho que podem realizar e potencializando o uso da sua criatividade para resolver problemas.

Um projeto de software bem sucedido é construido por pessoas motivadas, que tem visão do que estão fazendo e que acreditam nessa visão.

Para saber mais:

Fonte: Blog Guilherme Chapiewski

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