23 janeiro, 2009

Seis passos para o SaaS em 2009

por Mary Hayes Weier InformationWeek EUA
21/01/2009

Software-as-a-service está ganhando terreno, mas ainda não pode ser chamado de um grande jogador no mercado de software corporativo

Software como serviço, ou simplesmente SaaS, tem ganhado força nos últimos anos como alternativa ao tradicional software licenciado, mas ele ainda não pode ser avaliado como um grande player no mercado de softwares corporativos. A InformationWeek EUA identificou seis pontos que precisam acontecer para que o SaaS amplia sua atuação em 2009.

1 - Ganhar solidez e o compromisso da Microsoft, Oracle e SAP
O SaaS continua ganhando espaço, mas as empresa que trabalham com o conceito, como a Salesforce.com, Net Suíte, Workday, entre outras, ainda não têm presença forte no mercado corporativo. Muitas das grandes corporações que possuem contratos com Microsoft, Oracle e SAP não pensam em desistir de seus compromissos. Diante do cenário, o sucesso do SaaS em 2009 vai depender do suporte que ele receberá de vendedores estabelecidos.

As gigantes do software têm dado passos tímidos na direção do software-as-a-service, mas será preciso algo mais consistente para a consolidação do conceito.

2 - Atingir o conceito "Excellent"
Muitos gestores de TI não gostam da ideia de ter o sistema financeiro da empresa rodando e sendo gerenciado por outra parte. Ainda assim, o serviço de SaaS tem sido bem avaliado. Para atingir níveis superiores, no entanto, precisa atingir grau de quase perfeição no uptime e em disponibilidade. A falta de controle cria certa barreira ao conceito e por isso o nível de exigência é maior. Além disso, para ganhar a confiança dos CIOs, os provedores de SaaS precisam ser mais transparentes em relação a localização dos data center e sobre quem os opera.

3 - Preço baixo e integração facilitada
As empresas que aderiram ao SaaS, o fizeram pelo baixo custo e pela facilidade operacional. Mas, os custos e a complexidade aparecem quando a empresa decide pela integração do aplicativo com o software que roda nas máquinas da companhia - muitas vezes programa licenciados. A responsabilidade pela integração dos softwares recai, muitas vezes, sobre os gerentes de TI e, para ter sucesso, os provedores de SaaS precisam fazer mais para facilitar o processo. Os CIOs estão ouvindo com atenção seus colegas que trabalharam com o conceito antes de considerar a utilização de software como serviço.

4 - Provar que SaaS é menos caro que um software tradicional
O SaaS surge como algo mais em conta porque as empresas estão alugando o software, pagando anualmente ou mensalmente pela assinatura, diferente de pagar milhões de dólares por um período de licença, além de alocar dinheiro para implementar o programa no local.

Software-as-a-service, no entanto, pode também requerer um investimento algo, particularmente se uma integração com o software do cliente for necessária. É preciso se faça mais estudos detalhando os custos de várias aplicações SaaS e comparar os investimentos com softwares onsite.

5. Melhorar perfil de rentabilidade e crescimento
Não há provedor de SaaS que tenha tido mais sucesso em termos de crescimento de receita e lucratividade que a Salesforce.com. Mas isso não significa saúde para toda a indústria. O modelo de software como serviço não é dos mais fáceis de fazer dinheiro; uma vez que os provedores do conceito não atingiram os milhões de dólares.

E a razão pela qual empresas tradicionais como SAP e Oracle têm caminhado lentamente para o modelo SaaS é que o conceito não é rentável como os softwares licenciados. Mais provedores de SaaS precisam provar que trata-se de um bom negócio para atrair investimentos e talentos.

6 - Convencer clientes de que eles podem viver sem customização
Uma das razões para o SaaS custar menos é que o mesmo aplicativo será adotado por diversas empresas, o que significa pouca ou nenhuma customização. Muitos clientes, no entanto, são adeptos da exclusividade. O desafio, nesse caso, é mostrar o que de customização realmente é necessário em uma aplicação de recursos humanos, por exemplo.

Existem algumas formas de customizar o SaaS. A Salesforce.com oferece um ambiente de desenvolvimento para criar aplicações SaaS. Na maior parte dos casos, no entanto, o software como serviço é mais escolha de configuração que um código. É por isso que os provedores precisam convencer os clientes de que as opções de configuração são uma alternativa aceitável à customização.

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